Escravidão no Brasil

Imagem relacionada


Autores: Andréa Castro e Francisco Diego

A escravidão é bem mais antiga do que o tráfico do povo africano no período colonial. Ela vem desde os primórdios de nossa história, quando os povos vencidos em batalhas eram escravizados por seus conquistadores na antiguidade. Podemos citar como exemplo os hebreus, que foram vendidos como escravos desde os começos da História.
Muitas civilizações usaram e dependeram do trabalho escravo para a execução de tarefas mais pesadas e rudimentares. Na Antiguidade Clássica (Grécia e Roma) havia um grande número de escravos; contudo, muitos de seus escravos tiveram a chance de comprar sua liberdade, por meio de economias de alguns trocados durante sua vida, até conseguir comprar a carta de alforria.
No Brasil, a escravidão teve início com a produção de açúcar na primeira metade do século XVI. Os portugueses traziam mulheres e homens negros africanos de suas colônias na África para utilizar como mão-de-obra escrava nos engenhos de açúcar do Nordeste. Os comerciantes de escravos portugueses vendiam estes negros africanos como se fossem mercadorias aqui no Brasil. Os mais saudáveis chegavam a valer o dobro daqueles mais fracos ou velhos.
O transporte era feito da África para o Brasil nos porões dos navios chamados de negreiros (também conhecidos como tumbeiros). Amontoados, em condições desumanas, muitos morriam antes de chegar ao Brasil, sendo que os corpos eram lançados ao mar.
Nas fazendas de açúcar ou nas minas de ouro (a partir do século XVIII), os escravos eram tratados da pior forma possível. Trabalhavam muito, recebendo apenas trapos de roupa e uma alimentação de péssima qualidade. Passavam as noites nas senzalas (galpões escuros, úmidos e com pouca higiene) acorrentados. Eram constantemente castigados fisicamente, sendo que o açoite era a punição mais comum no Brasil Colônia.
No dicionário, existe a palavra Abolicionista que foi um um movimento político e social, como um conjunto de ideias e ações que defendia e lutava pelo fim da escravidão. O sinônimo de Abolicionismo é, libertador, ou seja, no século XV os denominados Abolicionistas buscavam a liberdade dos escravos. No Brasil, o movimento abolicionista foi um produto da década de 1880 e contou com a participação de vários setores da sociedade como, por exemplo, políticos, médicos, advogados, jornalistas, artistas, estudantes etc., com exceção dos grandes proprietários de terra, como os cafeicultores paulistas, que perdiam com o fim da mão-de-obra escrava.
Até a década de 1880, o que existiam eram tentativas emancipacionistas que queriam a extinção gradual da mão-de-obra escrava; já os abolicionistas aspiravam à abolição total da escravidão.
Os adeptos do movimento desenvolveram várias atividades em prol da abolição. Por exemplo, a Sociedade dos Caifazes, de São Paulo, um movimento abolicionista radical, incentivava e organizava fugas de cativos, utilizando as ferrovias. Do Oeste do estado de São Paulo, os escravos eram levados a São Paulo e de lá para Santos, onde organizaram o grande quilombo Jabaquara, com aproximadamente dez mil habitantes.
Após a luta de vários grupos e a criação de medidas que iam reduzindo a escravidão aos poucos, foi assinada a Lei 3.353, de 1888, a Lei Áurea, assinada pela Princesa Isabel e que aboliu a escravidão no Brasil, libertando cerca de 700 mil escravos que ainda havia no país.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Resenhas